Flagelo
TEKTIME S.R.L.S. UNIPERSONALE
Aldivan Teixeira Torres
Conto 1-Buraco Negro Buraco negro é a sétima aventura da série “O vidente” e que promete muita emoção, aventura e suspense. Inspirados pela aventura revelada em Kalenquer, nossos amigos vão buscam compreender o maior desafio de todos: “O buraco negro”, um ponto para onde tudo converge e se transforma. A fim disso, é necessário superar o desafio dos selos, algo nunca alcançado por um ser humano. Neste caminho, encontram um mestre, uma viagem, desafios, ricas experiências, dor, sofrimento, reconhecimento, vitória e fé.
“Flagelo”
Aldivan Teixeira Torres
Flagelo
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Por:Aldivan Teixeira Torres
©2018-Aldivan Teixeira Torres
Todos os direitos reservados
E-mail:aldivanvid@hotmail.com
Este livro, incluindo todas as suas partes, é protegido por Copyright e não pode ser reproduzido sem a permissão do autor, revendido ou transferido.
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Aldivan Teixeira Torres, natural de Arcoverde-PE, é um escritor consolidado em vários gêneros. Até o momento tem títulos publicados em nove línguas. Desde cedo, sempre foi um amante da arte da escrita tendo consolidado uma carreira profissional a partir do segundo semestre de 2013. Espera com seus escritos contribuir para a cultura Pernambucana e Brasileira, despertando o prazer de ler naqueles que ainda não tenham o hábito. Sua missão é conquistar o coração de cada um dos seus leitores. Além da literatura, seus gostos principais são a música, as viagens, os amigos, a família e o próprio prazer de viver. “Pela literatura, igualdade, fraternidade, justiça, dignidade e honra do ser humano sempre" é o seu lema.
“A mão de Javé pousou sobre mim e o espírito de Javé me levou e me deixou num vale cheio de ossos.E o espírito me fez circular em torno deles,por todos os lados.Notei que havia uma grande quantidade de ossos espalhados pelo vale e que estavam todos secos.Então Javé me disse:Criatura humana,será que esses ossos poderão reviver?Eu respondi:Meu senhor Javé,és tu que sabes.Então ele me disse:Profetize,dizendo:Ossos secos,ouçam a palavra de Javé!Assim diz o senhor Javé a esses ossos:Vou infundir um espírito,e vocês reviverão.Vou cobrir vocês de nervos,vou fazer com que vocês criem carne e se revistam de pele.Em seguida,infundirei o meu espírito,e vocês reviverão.Então vocês ficarão sabendo que eu sou Javé.”(Ezequiel 14,1-6)
“Eu vi o seguinte: Do lado norte soprava um forte vento. Foi então que eu vi uma grande claridade e um turbilhão de fogo. Havia claridade em torno da nuvem e, no centro, um brilho faiscante, bem no meio do fogo. Do meio da nuvem surgiu algo parecido com quatro animais e cada um lembrava também uma forma humana. Cada um tinha quatro rostos e quatro asas. Suas pernas eram retas e seus cascos pareciam cascos de boi, só que eram brilhantes como bronze polido. Debaixo das asas saíam mãos humanas pelos quatro lados. Seus rostos e asas também estavam voltados para as quatro direções. A asa de cada um encostava na asa do outro. Ao se movimentarem, eles não se viravam, mas cada um ia para a frente. O rosto deles era parecido com o rosto de um homem. Do lado direito, tinham aparência de leão, e do lado esquerdo tinham aparência de touro. Os quatro tinham também aparência de águia. As asas abriam-se para cima. Duas chegavam a encostar na asa do outro e duas cobriam o corpo. Todos se moviam para a frente, seguindo a direção para o qual o vento os conduzia. Enquanto se moviam, nunca se voltavam para os lados. No meio dos animais havia uma coisa parecida com brasas acesas, queimando como tocha. Esse fogo se movia entre os quatro animais era brilhante, e dele saíam relâmpagos. Os animais no seu vaivém pareciam coriscos. ” (Ezequiel 1,4-14)
Dedicatória e agradecimentos
Dedico estes dois contos ao enriquecimento da literatura fantástica e em especial da minha série o vidente. Nele, o leitor há de deparar-se com a continuação da aventura no espaço.
Agradeço em primeiro lugar ao Deus criador que tudo sabe. Agradeço a todos que me acompanham e que me motivam a continuar escrevendo num país que não tem um bom histórico de leituras.
Introdução
Conto 1-Buraco Negro
Buraco negro é a sétima aventura da série “O vidente” e que promete muita emoção, aventura e suspense. Inspirados pela aventura revelada em Kalenquer, nossos amigos vão buscam compreender o maior desafio de todos: “O buraco negro”, um ponto para onde tudo converge e se transforma.
A fim disso, é necessário superar o desafio dos selos, algo nunca alcançado por um ser humano. Neste caminho, encontram um mestre, uma viagem, desafios, ricas experiências, dor, sofrimento, reconhecimento, vitória e fé. Um livro que vai inspirá-lo a ser um ser humano mais atuante, ligado com Deus e com o bom conhecimento.
Conto 2-Marte sombrio
Num encontro com um sábio, a turma da série o vidente engaja-se na busca da continuação das aventuras que terminara no confronto em Chrovos.Nela, surpresas e emoções motivarão o leitor a ler o texto até o fim e torcer pela supremacia da força do bem. Estão convidados a embarcar nela. Uma boa leitura.
Sumário
“Flagelo” (#ulink_04628234-66f8-50d5-b998-8364db86cac9)
Flagelo (#ulink_81278fa8-cb20-5842-90f9-c3cb50e42dd4)
Dedicatória e agradecimentos (#ulink_baea1f9d-ec29-52a3-b9fc-6a797d027c75)
Introdução (#ulink_b3c74817-d273-5e15-a32f-9c2e34c5259d)
Reinício de caminhada (#ulink_66b76505-3b15-57cf-9d85-7c3bf2d96b95)
Em subida (#ulink_6c1c4158-d8aa-5b89-a41e-e1f59bb24129)
A viagem (#ulink_61ad02c5-5e64-59d4-8bda-7892a954552d)
O primeiro contato (#ulink_d35abf84-14b0-501d-b64d-ff56617a5bf6)
A noite e as histórias de Crovos (#ulink_bf55f7c6-c74f-5a22-a3b4-3c10107ba84e)
Temor de Deus (#ulink_eebd603c-ba0a-5025-83ec-dbca64309dfa)
O desafio do poder (#ulink_51c1eed0-ab71-5625-8b6a-c5af60237f9a)
Um verdadeiro exemplo (#ulink_7f029eb0-1655-589f-a79d-54c3e691f9b1)
O improvável (#litres_trial_promo)
O ritual (#litres_trial_promo)
Uma história (#litres_trial_promo)
Ventos no mar (#litres_trial_promo)
A verdade que liberta (#litres_trial_promo)
A divisão de pães (#litres_trial_promo)
Mal não cura mal (#litres_trial_promo)
A fortaleza nos momentos de escuridão (#litres_trial_promo)
O domínio do poder (#litres_trial_promo)
A chegada do mestre da luz (#litres_trial_promo)
Parte II (#litres_trial_promo)
Pós-Guerra dos Anjos (#litres_trial_promo)
Primeiro Concílio (#litres_trial_promo)
Primeiras expedições (#litres_trial_promo)
No quartel general (#litres_trial_promo)
Em Libertina (#litres_trial_promo)
A segunda etapa em Podeison (#litres_trial_promo)
O terceiro debate (#litres_trial_promo)
Makmarry (#litres_trial_promo)
Dasteny (#litres_trial_promo)
A batalha de Virgélia (#litres_trial_promo)
A decisão (#litres_trial_promo)
Enquanto isso, no palácio real, em Cristalf (#litres_trial_promo)
Em Harrant (#litres_trial_promo)
A batalha final (#litres_trial_promo)
Despertar (#litres_trial_promo)
Em casa (#litres_trial_promo)
Conto 2-Marte sombrio (#litres_trial_promo)
A decepção (#litres_trial_promo)
Tempo atual (#litres_trial_promo)
A invocação (#litres_trial_promo)
A viagem (#litres_trial_promo)
Primeiras impressões (#litres_trial_promo)
Primeiros ensinamentos (#litres_trial_promo)
A generosidade (#litres_trial_promo)
O que é o reino de Deus (#litres_trial_promo)
A imortalidade da alma (#litres_trial_promo)
O poder da oração (#litres_trial_promo)
O Carma (#litres_trial_promo)
Um pouco sobre as questões religiosas (#litres_trial_promo)
Um pouco sobre o universo (#litres_trial_promo)
Um pouco mais de conhecimento (#litres_trial_promo)
Um novo dia (#litres_trial_promo)
Penitência (#litres_trial_promo)
O exercício de libertação (#litres_trial_promo)
Uma lição (#litres_trial_promo)
Parte II (#litres_trial_promo)
Marte em Perigo (#litres_trial_promo)
Decisão (#litres_trial_promo)
Petrópoli-O início da Guerra (#litres_trial_promo)
Em kandar (#litres_trial_promo)
Beirute (#litres_trial_promo)
Pégasos (#litres_trial_promo)
Cicília (#litres_trial_promo)
Betes (#litres_trial_promo)
Em Randornef (#litres_trial_promo)
Estrele-O nosso refúgio (#litres_trial_promo)
A batalha decisiva em Pontes (#litres_trial_promo)
Final da História (#litres_trial_promo)
Volta para casa (#litres_trial_promo)
Reinício de caminhada
02/03/2016
Em algum lugar do interior de Pernambuco
Amanhece no pequeno povoado onde tudo começou: O sonho da série o vidente, as dúvidas, as indiferenças e a esperança na concretização de um milagre. Divinha permanecia o mesmo, um pequeno sonhador. Porém, agora concretizara parte de seus objetivos sendo conhecido em boa parte do mundo ocidental. O sonho da literatura ainda era embrionário, mas com o passar do tempo estava ganhando forma e cor traduzidos em palavras que encantavam cada vez mais corações.
Como de costume, o nosso principal amigo e personagem acordara cedo sempre disposto. Era o seu primeiro dia de férias num total de trinta e só este fato já era algo a ser comemorado. Sentindo-se livre, o mesmo levanta-se de sua cama Box desajeitada pelos solavancos ocasionados por alguns pesadelos da noite, mas enfim, sobrevivera. Ainda bem que tudo era apenas uma ilusão de sua mente por vezes conturbada.
O vidente estava completamente despido, suado e cansado de suas peripécias da noite. Sozinho no quarto, ele procura em seu guarda-roupa uma toalha e uma cueca cor azul-marinho. Ao achar, veste-as e ultrapassando a porta do seu recinto, atravessa as duas salas da casa e chegando ao corredor, entra no banheiro.
Dentro do mesmo,satisfaz suas necessidades fisiológicas e toma um bom banho.Neste tempo,busca refletir sobre seu início de trajetória até os dias atuais.Já reunira as forças opostas,entendera sua noite escura da alma,num flashback entendera o presente e o passado relacionado á sua família,mostrara a um condenado o poder de Deus e a dimensão do seu amor,deram um basta em seu personagem e mostrara ao mundo o que é capaz como filho de Deus,fora até o início dos tempos descobrindo um segredo e lutara contra o preconceito enrustido das pessoas,enfim,estava num caminho de aprendizado muito rico e surpreendente.Isto era só o início e tudo conspirava para uma evolução cada vez maior e mais definitiva.
A realidade demonstrava que era necessário agir em busca de novos horizontes e aventuras.Como próprio se definira,ele era um eterno aprendiz e era necessário continuar sempre na ativa para não perder o fio da história.E que história!Com esta afirmação interior,após um tempo,ele termina concluindo seu banho.Pega a toalha,enxuga-se,abre a porta do toalete e começa a percorrer o mesmo caminho anterior só que em sentido contrário.Bem rapidamente,já se encontra em seu recinto.Ao fechar a porta de seus aposentos,escolhe vestuário e roupas limpas e bonitas.Escolhe uma calça jeans,uma camiseta cor laranja e um sapato social preto.Enquanto veste-se,seu pensamento pousa em seus seguidores.Involuntariamente preocupa-se com todos eles,em especial Renato,que era seu parceiro inseparável.Como estaria?Fazia tempo que ele não aparecia e sentia-se um pouco um órfão abandonado apesar da recíproca ser mais plausível.A única possibilidade de descobrir tinha respeito com sua decisão que prometia ser devastadora.Estava cansado de esperar.Certo disso,ele arruma sua mala com objetos essenciais.Dentre eles,roupas,objetos de higiene pessoal,livros sagrados,um pouco de comida,o seu celular e um rádio de pilha,agenda,relógio e um mapa afim de não se perder no caminho.
Confiante e carregando a mala inseparável, o filho de Deus abandona seu quarto,vai a cozinha,toma café,conversa um pouco com seus familiares e anuncia sua pretensão de viajar nas férias.Não diz nem o destino nem o tempo de afastamento o que provoca um ar de mistério.Sem problemas.Eles estavam acostumados com as suas saídas repentinas devido ao seu trabalho como escritor.Era uma atividade que exigia tempo,dedicação e recolhimento.Ao final das aventuras,ele estaria de volta assim como todo bom filho faz.
Uma nova história iniciava-se. Saindo da cozinha após abraços e beijos calorosos em seus parentes, ele dirige-se a saída de sua residência ainda em reforma. Seus entes cuidariam de tudo enquanto ele estivesse ausente. O pequeno percurso até o lado de fora é percorrido com intensidade e energia. O mundo estava à espera de mais uma grande jornada dos heróis da série o vidente, a equipe mais respeitada do mundo literário. O sucesso era o fim certo deles.
Ao sair, ele pega a trilha que conduzia ao sopé da montanha do Ororubá.O que aconteceria com nosso ídolo amado? Não percam os próximos acontecimentos. Até o próximo capítulo.
Em subida
O começo de subida produziu no pequeno sonhador boas recordações de outrora.Por diversas vezes já visitara aquele lugar e em todas elas constatara ser um sacrário.Ela abrigava a guardião, o jovem Renato e o experiente hindu,personagens sábios e valorosos da série o vidente os quais deixaram sua marca.Esperava que também desta vez ela produzisse um milagre pois se encontrava necessitado.Eu explico melhor.Apesar de ter vivido aventuras sensacionais, o espectro de autor iniciante que carregava era um grande entrave para alcançar as livrarias e conseqüentemente o grande público.Ainda vivia uma fase intermediária de luta e empenho exaustivos em que muitas vezes perguntava-se qual o caminho era o mais certo ao seguir.Nos caminhos,constantemente era bombardeado pelo cansaço e desespero,fruto da ocupação principal desempenhada no setor público fazendo com que não se dedicasse inteiramente de corpo e alma á literatura,seu grande sonho.Contraposto a isto,a segurança do serviço público proporcionara a solidez necessária para retomar a escrita e por conseguinte não poderia deixar de trabalhar num país de poucos leitores e com grande porcentagem de pobres e analfabetos funcionais.
Digamos que a etapa atual era boa pelo fato do renascimento e com perspectivas cada vez melhores.Era isto que esperava o nosso ídolo.O seu otimismo e fé davam-lhe forças no pequeno trajeto até o sopé da montanha.Olhando ao derredor,para um pouco no tempo e espaço para admirar a paisagem quase sertaneja.Estava quase tudo como antes,a exceção da retirada de algumas árvores velhas derribadas pela natureza e pela massacrante ação do homem.Repentinamente,olha para o céu encarando as nuvens cinza um pouco nubladas.Faz uma prece rápida e o tempo fica mais aberto.Controlar o tempo era um dos seus poderes secretos os quais costumava usar em caso de necessidade.Chacoalha a blusa de seda por conta do calor e prossegue a caminhada.Um pouco depois,já está na parte íngreme da serra.
Neste instante,vem a tona os desafios e todo o sofrimento causado por eles.Sente-se feliz por superar seus limites mesmo quando estava desacreditado.Era um fenômeno produzido por Deus diante da angústia e miséria do sertão do nordeste Brasileiro,terra esquecida pelas elites e pelos governantes.O valor do pobre resumia-se ao sufrágio universal representando o segundo colégio eleitoral do país quase sempre decisivo em momentos históricos de nossa nação democrática.Entretanto,o sertanejo e o brasileiro não costumavam desistir tão facilmente.
Divinha era um exemplo disso envolvendo coragem, dedicação, determinação, trabalho e a constante busca pelo conhecimento. Avança celeremente na trilha sertaneja e com um pouco mais de tempo, ultrapassa um quarto do percurso. Dentre o sopé até ali, vencera os espinhos, as pedras, os animais selvagens, o sol quentíssimo, as dúvidas, o medo e as forças negativas da montanha. Ainda bem que tudo era por uma causa justa.
Enquanto subia, seu pai agia secretamente aumentando sua motivação e esperança quanto a um mundo melhor. Este era o principal objetivo de sua missão, transformar a mentalidade das pessoas de maneira que elas cressem mais no amor do pai celestial abandonando com isso a maldade, a arrogância, o egoísmo, a ignorância, o preconceito e a competitividade exacerbada. Todo mundo tinha um lugar no mundo e especialmente no coração do pai que amava a todos.
Logo depois,já está na metade do caminho.Neste ponto,o pequeno grande homem de Mimoso,olha para trás e observa a silhueta do seu arruado.Quanta história e quantas emoções vividas.Foi ali que aprendera a ser um indivíduo do bem e que crescera em meio a inúmeras dificuldades que não destruíram por completo sua crença nas forças divinas.Era um lindo lugar entrecortado pelas serras de Mimoso e do Ororubá com um charme especial de entrada nas várzeas cheias de coqueiros,grama e onde corria o rio de mesmo nome.Parada obrigatória via sentido Sertão a Recife para os turistas de plantão.Visite e fique encantado.
A caminhada é retomada e o filho de Deus aproveita a quietude do local para analisar melhor a situação, fazendo planos para o seu futuro e de sua série renomada. Estávamos na sétima aventura ainda não definida, mas que prometia muitas emoções. Quem é como Deus? A sua proteção garantia o sucesso dos eleitos a cada passo dado.
Alguns minutos mais tarde, os três quartos do percurso são completados e isto o faz muito mais feliz. Como das outras vezes, a pressão dos espíritos da montanha acontece apesar de sua experiência valorosa na vida. As vozes sugerem que ele desista enquanto há tempo, mas isto não o incomoda. Não há ninguém maior do que Deus e tinha certeza por ser filho de seu amor e compreensão. Nada nem ninguém podia pará-lo naquele instante.
Com esta disposição, conclui o restante do percurso atingindo o ponto máximo da montanha. Logo que chega, depara-se com a guardiã, mais sorridente do que nunca. Há quanto tempo! Eles não perdem tempo e correm em direção um do outro com o encontro completando-se num longo abraço.
—Oh, meu Deus, que bom que veio. Já estava com saudades do mais querido filho de coração da minha vida. O que lhe traz aqui? -Diz a ansiosa guardiã num espasmo.
—Eu também estava com bastante saudades. Vim encontrá-los para uma conversa e posterior decisão. Vê a mala? Estou de férias e pronto para embarcar em uma nova aventura.
—Que bom. Eu previ intimamente que isso aconteceria. Afinal, já fazem longos três meses que não apareces. Como está sua família?
—Bem e a sua?
—Na paz. Eu estava na minha caminhada matinal. Como vejo que tem pressa, vamos a minha casa encontrar meu filho para que vejamos as possibilidades. A série não pode parar!
—Isto é uma boa ideia. Vamos!
Sem mais uma palavra, os dois começam a caminhar sobre o topo acolhedor da misteriosa serra. Havia algo ali, nas palavras da guardiã. Ela não dava ponto sem nó e o fato dela prontamente sugerir a ida a sua casa era algo realmente surpreendente pelo fato da não oposição. O que estava por vir?
Percorrendo a trilha em ziguezague nossos honoráveis personagens aproveitam o tempo que estão juntos para admirar a bela paisagem,conversar um pouco e simplesmente sentir a presença um do outro.O novo encontro remetia a um passado recente aonde aquele querido jovem chegara com bastante esforço ao topo máximo da serra.Com a ajuda daquela estranha senhora,realizara desafios que o credenciaram a entrar na gruta mais perigosa do mundo.Driblando armadilhas e avançando cenários,ele terminou por chegar à câmara secreta onde se realizou um grande milagre.Tornara-se o vidente, um ser onisciente através de suas visões.Em cada progresso alcançado ao longo de sua carreira,ele sabia reconhecer o sinal da guardiã e era grato por isso.Sem dúvidas ela já tinha um lugar cativo em seu coração e também nos dos leitores admiradores de sua série.
A troca de olhares entre os dois mostrava uma grande cumplicidade e confiança. Eles tinham o mesmo objetivo: A conquista do mundo. O fato deste sonho ter grandes obstáculos não os desanimava. Ao contrário, lhes davam mais força para prosseguir seguindo em frente. Esta positividade era fundamental para o sucesso deles. Ali, estavam o espírito da montanha e o espírito de Deus numa grande comunhão. Absolutamente nada seria impossível em sua união.
Na metade do caminho, a guardiã para e faz sinal para que Divinha fizesse o mesmo. Ela então toma a palavra:
—Devo alertá-lo que seu caminho é sem volta. Já estamos na sétima aventura e a partir daí só podes parar em caso de morte. Tem certeza de sua decisão?
—Ainda tem dúvidas? Você sabe que eu arriscaria tudo pelo meu sonho. Eu não me importo com o que pensam os outros ou com o perigo, eu quero é realizar-me junto ao meu público. Eu faço isso pelo meu pai e por todos que me admiram. Vamos juntos em mais uma etapa!
—Está bem. Saiba que esta etapa pode ser a mais desafiadora de todas. Há algo no cosmo que não está bem. Ela reclama a presença do filho de Deus para um ajuste de contas. Use todo o conhecimento que tem e a fé em seu pai glorioso.
—Pode adiantar algo em relação a isso?
—Calma.Cada coisa por sua vez. Continuemos a caminhada.
A guardiã calou-se e os dois voltaram a caminhar. O ar de mistério que se instalou aguçou ainda mais a curiosidade do filho de Deus. O que aconteceria? O que o esperava? Que etapas teria que cumprir para a solução de mais uma empreitada? A ansiedade era normal diante dum espaço vazio e escuro. Restava ao mesmo permanecer com a mesma garra e determinação com o qual subiu a íngreme montanha.
Com este sentido,os dois continuam no percurso fazendo outra parada para hidrataram-se e comerem algumas frutas silvestres.A mestra lhe dá mais algumas orientações sobre o caminho e a etapa atual.Com tudo entendido,eles voltam a caminhar mais tranqüilos,felizes e convictos do que queriam.Internamente,o vidente sentia-se muito bem e pronto para galgar posições ainda maiores.A corrida pela sua série maravilhosa,as responsabilidades e os desafios diários só acrescentavam e enriqueciam sua bagagem como ser humano e como representante do bem.Ele sabia que havia algo a mais para conquistar e em busca disso ele estava ali,naquele momento,preparado para agir.Com um pouco mais de esforço,eles concluem o percurso.Diante da casinha simples eles reconhecem-se e dão mais alguns passos em direção á pequena porta de entrada e saída. Ao entrar, qual não foi a surpresa ao já encontrar seus velhos companheiros de aventura. Agora, a equipe da série o vidente estava completa. Eles cumprimentam-se com abraços e começam a comunicar-se entre si.
—Renato, Uriel e Rafael, que bom vê-los. Como sabiam que eu viria para cá? (O vidente)
—Eu sou um Arcanjo, esqueceu? (Rafael)
—Eu sou teu protetor, esqueceu? (Uriel)
—Eu sou teu amigo e minha mãe é a guardiã, esqueceu? (Renato)
—Como eu poderia esquecer? Vocês estão comigo desde o início da série e são fenomenais. Prontos para uma nova aventura?
—Sim. (Todos)
—Pronto, meninos. Cumpri minha obrigação trazendo o sonhador até aqui. Agora é convosco. Também já fiz vossas malas. Sintam-se à vontade. (Guardiã)
—Obrigado. Vamos à luta? No caminho eu explico a vocês. (Propôs Rafael)
Os outros integrantes acenam concordando. Agarram suas malas, despedem-se, saem da casinha e pegam a trilha sentindo norte. Uma nova história começava neste instante.
A viagem
O recomeço da caminhada trouxe novas perspectivas para o vidente e seus amigos. Exceto Rafael e Uriel, eles não sabiam exatamente do que se tratava a fase atual. Isto lhes colocavam em alerta, expectantes quanto aos próximos acontecimentos. Isto era absolutamente normal mesmo que já tivessem bastante experiência. Em cada uma das aventuras, novos conhecimentos eram adquiridos e era em busca disso que eles estavam.
A região norte, como as outras, estava bastante devastada por conta do sofrimento duma guerra colossal. Crovos nunca mais foi o mesmo após este acontecimento. Encontrar os detalhes deste episodio era o foco principal daquele grupo. Avançando por conta disso, eles sentem-se cansados e então é promovida uma parada. Depois de um começo silencioso, o arcanjo principal aproveita o intervalo da primeira parada para esclarecer algumas coisas.
—Meus queridos amigos, estamos próximos de dar continuidade em nossa viagem aos tempos remotos. Começamos pelo planeta kalenquer e descobrimos um pouco da história da guerra dos anjos revelada num sonho para vocês. Agora, o objetivo é descobrir o que aconteceu depois disso.
—Que massa! Eu me lembro bem deste sonho. Foi trágica a guerra entre os anjos. O universo quase sucumbiu por completo. (Renato)
—Eu sei bem disto. Eu estava lá, em espírito. Salvei o universo inteiro com minha própria vida. (Divinha)
—Então? Não tem curiosidade sobre o depois? (Rafael)
—Muita. (Aldivan)
—Também. (Renato)
—O sonho de vocês acabou no “buraco negro”, para onde os anjos maus foram sugados. Vamos acompanhá-los a partir de agora em direção ao futuro. (Uriel)
—Meu Deus. O que acontecerá agora? (Renato)
—Não tem com quem se preocupar. Estaremos com vós. Lembre-se que foi Javé quem criou tudo e a todos. (Tranquilizou Rafael)
—Se você diz, eu confio. (Renato)
—Hum, incrível! Vamos enfrentar mais um grande desafio. Nem nas melhores hipóteses eu pensei nisso. A guardião estava certa ao comentar sobre o perigo da jornada atual. Onde vamos parar? Acho que nem o céu será o limite para nós. (O vidente)
—Isto é apenas o começo, Divinha.Como filho de Deus, há de impressionar ainda mais o mundo literário. Espere e verá. Lembre-se sempre que estaremos contigo em todos os momentos. (Rafael)
—Amém. Obrigado a vocês todos. (Pequeno sonhador)
—Continuemos.O mundo e o imaginável nos espera. (Uriel)
A palavra final de Uriel alertou-lhes sobre o passar do tempo. O objetivo final ficava a zilhões de anos-luz de distância na primeira galáxia criada denominada Etérea. Não poderiam esperar mais.
Rafael e Uriel pegam os humanos no colo e numa velocidade Ultrassônica alçam voo em direção ao espaço desconhecido. Á medida que vão avançando no cosmo eles aumentam ainda mais a velocidade com intuito de superarem a força da gravidade dos Buracos negros existentes. O momento requer agilidade, velocidade e sabedoria para que pudessem superar o maior desafio até agora.
Mesmo estando tão veloz,os humanos impressionam-se com a maravilha que é a paisagem celeste:Planetas,cometas.sóis,quasares,asteróides,meteoróides,estrelas diversas,buracos negros,o espaço vazio,etc.Tudo é muito grande ,lindo e incompreensível para eles.O universo é infinito em ambas as dimensões e a transformação e criação é um processo contínuo.Esta experiência incrível demonstra o quão pequeno é o ser humano,menor que um pequeno ponto no universo.Em contrapartida,por causa de um destes pequeninos,Deus dignara-se a revelar os segredos mais escondidos para que assim os outros pudessem proclamar sua glória.Eis o mistério da vida,de Deus e do universo nas mãos de um só homem, Aldivan Teixeira Torres. Ciente da sua responsabilidade, o filho de Deus permanece sério diante da conjuntura atual. Era necessário ponderar todas as possibilidades para que não caísse em um lago fundo como já acontecera. As experiências ruins acrescentaram bastante no seu modo de observar o mundo. Este fato o fazia quase invulnerável.
Por um tempo que não souberam mensurar, nossos amigos percorreram o universo de ponta a ponta e ao chegar ao início, no extremo, depararam-se com o maior buraco negro existente em todas as dimensões, aquele que sugara o Arcanjo Lúcifer e seus seguidores. Aproximando-se cada vez mais, os corpos dos nossos personagens entram em choque com o ambiente gravitacional tão intenso.
Num instante,a gravidade puxa seus corpos completamente e ao adentrarem neste astro fantástico era como se ultrapassassem várias dimensões ao mesmo tempo.Do lado direito,luzes azuis e brancas chocam-se entre si e,do lado esquerdo,fagulhas azuis e pretas colorem o ambiente.Estar num buraco negro é parecido com a sensação de estar dentro dum liquidificador em plena ebulição.Ali,naquele local,estavam guardados todos os segredos da origem do universo e em cada pedaço daquele enorme espaço tinha uma porta dimensional para outro universo.A equipe da série o vidente caía velozmente no buraco com os anjos esforçando-se em proteger os humanos.Parecia que o buraco não tinha fim nem começo ou meio,estariam perdidos para sempre?Quem os salvaria?A agonia era tanta que nem conseguiam fixar os pensamentos.
Em dado momento, ocorre uma explosão interna severa e cheios de medo nossos amigos gritam. Aparece um orifício no centro e que tem um poder gravitacional ainda maior. Inevitavelmente, os corpos e almas deles são sugados e ao atravessar o elo entre os mundos algo fantástico acontece. Eles encontram-se do outro lado da existência.
O mundo em que eles caem amparados pelos braços fortes dos anjos tem aspectos parecidos com a terra e com Kalenquer.A diferença é que imediatamente notam a devastação de seus recursos. O que teria acontecido ali de tão grave? Sem respostas, eles sentam um pouco organizando uma reunião rápida. Rafael novamente pronuncia-se:
—Este planeta chama-se Crovos e foi para onde os Arcanjos negros pararam após sua expulsão de Kalenquer.O resultado está diante dos vossos olhos. O objetivo é agora o encontrar o último remanescente da população local.
—Meu Deus! Que Desgraça! Por que Deus permitiu isto? (Renato)
—Não blasfemes, Renato. Deus não tem nada a ver com isso. Simplesmente a punição dada aos rebeldes ocasionou este fato. Digamos que foi o destino. (Uriel)
—Destino, eu não o entendo. (Renato)
—Não perca tempo em entender. Devemos apenas aceitá-lo. Tudo nesta vida tem um porquê e se estamos aqui é porque algo a ser feito, não é companheiro Rafael? (O vidente)
—Exatamente.A resposta e os desafios encontram-se num lugar além do horizonte. Trata-se de uma chance de resgatar a nossa própria história escondida no véu do tempo. Eu e Uriel estamos aqui para aprender também. (Rafael)
—Isto.Não há ninguém tão grande que não possa aprender. Estamos no mesmo barco. (Uriel)
—Vamos indo. O tempo urge. (Arrematou Rafael)
O primeiro contato
A fala de Rafael encerrou com qualquer pretensão de solucionar dúvidas dos humanos presentes. Não era o momento adequado para isso. Tinham que se contentar com as poucas informações adquiridas. Cabia a eles buscar o estranho e misterioso ser que habitava naquele planeta quase deserto. Havia algo interiormente o qual dizia que se tratava de alguém espetacular, alguém para ser lembrado durante a existência inteira.
As vias de acesso do planeta apresentavam bastantes dificuldades de locomoção por serem terrenos com imensas crateras por toda a parte. Nas partes intransitáveis, os anjos davam uma força aos humanos e lhes ajudavam a atravessar. Sem eles, a aventura tornar-se-ia impossível.
O momento requeria fé, disposição, empenho, paciência e inteligência pois estavam num buraco no meio do nada procurando por uma pista longe do alcance. Não havia dúvida de que este era o maior desafio de todos até o presente momento.
O tempo passa rápido e nossos amigos perdem a conta de quantas horas perdem transitando de um lado para outro. No momento em que já pensavam em desistir eis que surge uma pequena edificação ao alcance da vista. Eles não demoram a dirigir-se para lá com o intuito de descansar e conseguir algo para comer.
No percurso restante,conversam entre si trocando informações.Será que estavam na pista certa?O momento de descobrir aproximava-se cada vez mais.Enquanto esperavam,brincam,distraem-se com o ambiente,imaginam muitas coisas das quais ainda não tem conhecimento.Só o fato de estarem ali fazia todo o sentido para eles,a aventura certa no momento certo para cada um deles.Com palavras de motivação,eles continuam andando chegando,cerca de vinte minutos depois,em frente a residência nada parecida com as construções humanas.Era um edifício quadrado,alto e largo na mesma proporção,uns três metros de medida de ambos os lados.Ao fundo,um pequeno pomar com árvores frutíferas,uma raridade nas condições do planeta.Do lado esquerdo e direito,serras feitas de um minério escuro e em frente um abismo sem fim já ultrapassado pelos nossos colegas.
Eles não perdem tempo e em conjunto batem na porta de entrada-saída da casa. Na terceira tentativa, escutam um barulho e ficam à espera do que iriam encontrar. A ansiedade e o nervosismo eram intensos e só se acalmariam quando tudo estivesse resolvido.
A porta abre-se. Do lado de dentro, surge uma criatura com aspecto parecido com os humanos: Cabeça, membros e postura. No rosto apresentava cicatrizes profundas oriundas do passado. Seu olhar era profundo e concentrado. Suas vestes eram limpas, de cor branca e suntuosas. No braço direito, tinha uma marca conhecida em forma de cruz. Nossos amigos quase caem no chão de susto. Diante deles estava um descendente da família divina.
—Enfim chegaram. Os arcanjos do pai celestial e meus primos distantes. Eu estava esperando-lhes há doze bilhões de anos. Eu me chamo Ventur Okter, o sobrevivente. Eu sei exatamente o que vieram fazer aqui. Minha resposta é sim, eu posso treiná-los para que possam descobrir “o buraco negro”.
—Eu me chamo Aldivan Teixeira Torres, mas também sou conhecido como vidente e Divinha.Eis que sou seu teu discípulo a partir de agora.
—Eu sou Renato, companheiro inseparável de aventuras do Divinha.Juntos somos o pilar da série “O vidente”.
—Sim, eu compreendo. Estão de parabéns. Em vindos, amigos. (Ventur)
—Eu vos trouxe os humanos como prometi. Obrigado pela recepção e pela disposição em ensinar. Se repassares pelo menos um terço do que sabes será bem construtivo para nós. (Rafael)
—Ajudarei da melhor forma para que possam por si descobrir o fio da história. É uma honra para mim. (Ventur)
—A recíproca também é verdadeira. Já tem um plano? (Uriel)
—Sim, está tudo certo. Mas entrem. Eu preparei uma sopa deliciosa feita de pedaços de Cajamar, uma ave típica deste planeta. Estejam à vontade. (Ventur)
—Vamos, pessoal. (Ordenou Rafael)
Os cinco adentram na morada. Como nas moradias humanas, o primeiro ambiente é um tipo de sala com móveis, uma lareira, quadros com pinturas e assentos milimetricamente trabalhados junto ao piso. Enquanto observam aquela maravilha de arquitetura, eles acomodam-se e o anfitrião vai buscar na cozinha o alimento. Na volta, eles são servidos e um segundo contato é feito entre eles com objetivo de conhecerem-se melhor.
—Vamos aproveitar este momento maravilhoso para conhecer-nos melhor. Fiquem à vontade para falar um pouco de vós. (Ventur)
—Eu sou Rafael, arcanjo do reino dos céus que tem como missão atual acompanhar estes humanos tão queridos pelo pai. O motivo de todo este aparato é a importância da missão de cada um deles.
—Eu sou Uriel Ikiriri, anjo especialmente designado para proteção do filho de Deus.Fui criado para ele desde o princípio. Juntos, somos a força mais importante do universo, algo que veio transformam em definitivo os mundos.
—Eu sou Renato, filho adotivo do espírito da montanha do Ororubá.Desde o princípio estou com Divinha e agora pouco soube que nossa ligação vem da origem do cosmo. Está explicado porque nos damos tão bem.
—Eu sou o filho de Deus, alguém enviado pelas forças do bem para salvar a humanidade pecadora. Através da literatura, pretendo alcançar um bom público leitor. Quero encantar e conquistar o coração de cada pessoa.
—Eu sou Ventur Okter, descendente divino direto de Jesus neste planeta. Num tempo longínquo, algo muito grave aconteceu aqui. O que restou está diante de vós. Sinto-me melhor e mais feliz com a presença vossa nesse momento.
—Qual seu objetivo? (O vidente)
—Desde sempre espero por este momento, o dia em que conheci o verdadeiro filho de Deus, o filho espiritual. Minha sabedoria é tão extensa quanto este universo e isto acontece porque sou experiente. Conviver contigo e ensiná-lo será a minha oportunidade para retribuir a meu pai. Sabe, sinto tantas saudades dele. E qual é o vosso? (Ventur Okter)
—Viver este momento, aprender, buscar novos horizontes e ser feliz com minha arte. Faço tudo pela minha família, amigos, colegas de trabalho, admiradores do meu trabalho e seguidores. (Divinha)
—Minha meta é terminar a faculdade, arrumar um emprego, continuar ativo nesta série literária maravilhosa, casar, ajudar meu parceiro em todos os momentos e ser feliz. Estou muito feliz por este momento maravilhoso num planeta devastado e por ter a oportunidade de conhecer a descendência de cristo. (Renato)
—Estamos num ponto de divisão de nossas vidas. É bem provável de sairmos completamente transformados desta experiência. Mesmo eu, que sou um arcanjo, terei algo a evoluir. (Rafael)
—Para vocês que não sabem, Ventur Okter é o detentor dos treze selos divinos. Estes selos conferem ao dono a perfeição, o conhecimento e a felicidade. A fim de entender “O buraco negro”, precisaremos de cada um destes atributos. (Informou Uriel)
—Sim, é verdade. Estou plenamente pronto para repassar esta dádiva. (Ventur)
—O que é exatamente “O buraco negro”? (O vidente)
— É um ponto para onde tudo converge e se transforma. São espaços dimensionais existentes nas dimensões visíveis que ligam a uma força maior, capaz de realizar milagres, curas e libertação. É o conhecimento puro sobre o infinito e em relação a Deus.É um estágio tão avançado que nem sequer os arcanjos conseguem alcançar, somente os filhos de Deus. (Explicou Ventur)
—Incrível.Eu já tinha ouvido falar de algo, mas não tão profundo. Quando começamos? (O filho de Deus)
—Amanhã mesmo. Aproveitemos o restante do dia para descansar um pouco mais. Sabe, faz tempo que não recebo visitas. Para ser mais preciso, há doze bilhões de anos. Estou Feliz! (Ventur)
—Minha nossa! Muito tempo mesmo! (O vidente)
—Este é o maior exemplo de que a paciência é uma virtude que nunca falha. (Rafael)
—Sei como deve ter sido tedioso. Não se preocupe irmão, ficaremos um tempo aqui. (Renato)
—Obrigado. (Ventur)
—A equipe da série “O vidente “ está completa agora. (Uriel)
—Amém. (Divinha)
Nossos amigos continuaram conversando por mais um tempo. Tudo era muito recente e eles não tiveram tempo para pensar no caso em detalhes. A certeza que tinham eram que mergulhariam de corpo numa aventura que prometia. Uma aventura no espaço, junto a um divino.
Ao concluir o almoço, eles prontificam-se a lavar os pratos, varrer a casa, trocar informações, fazer planos internos, cozinhar, conhecer melhor a casa e os costumes do novo mestre. Cada detalhe era importante para aqueles que almejavam a compreensão dum desafio tão complexo. Mais tarde, eles jantam e saem para observar a noite junto com o anfitrião. Que mais surpresas viriam?
A noite e as histórias de Crovos
Semelhantemente a terra, do quintal do nosso novo amigo podia-se ver toda a imensidão do espaço. Nossos queridos personagens espraiam-se do lado de fora observando esta maravilha da natureza. Num instante de silêncio, são capazes de entender a grandeza e a perfeição de Deus.Era muito bom estar ali, junto a dois seres divinos capazes de mudar o tempo o espaço. Sem dúvidas, o desafio do buraco negro poderia ser encarado de igual para igual.
Ciente disso, Ventur entra em contato com os demais.
—Diante de vós está a esfera onde tudo começou. Podem até não se lembrar, mas segundo pesquisei no início estavam Deus pai, Deus filhos e Deus espírito santo. A partir daí, foram criados os universos pelo poder de sua palavra.
—Eu não estive no começo. Quando fui criado Javé Deus e seus filhos já existiam. Pela glória, poder e sabedoria aprendemos a respeitá-los e adorá-los. Porém, nunca tivemos uma explicação plausível sobre como tudo começou. (Respondeu ofegante e desapontado o Arcanjo Rafael mexendo nos botões em sua camiseta de seda.)
—Este mistério é muito grande para sua mente. Por isto Javé Deus não se dignou a explicar. Para vós, basta ter em mente o amor e a complacência do divino. O que posso dizer é que Deus é o início, meio e fim de todas as coisas- Disse Ventur com autoridade e superioridade.
—Verdade. A ele toda honra, glória e adoração sempre. (Rafael)
—Amém. (Ventur)
—Eu sou um simples crente humano. Como Javé vê os jovens de hoje? (Renato)
—Os desafios são muito grandes pois há uma depreciação religiosa em todas as esferas. Á medida que as comunidades avançam esquecem-se de sua filiação divina e tornam-se autossuficientes. É o que acontece em grande escala na terra. Tente fazer sua parte, Renato. Deus julga cada um de forma individual. (Aconselhou Ventur)
—Obrigado.Eu o farei. (Afirmou Renato)
—Irmão, quão grande é tua sabedoria. Alguma vez já teve dúvidas? (Aldivan)
—O fato de eu ser descendente de cristo neste plano não me faz invulnerável. Eu sou como vós, cheio de dúvidas e inconstâncias. A diferença é que estou só e tenho tempo suficiente para dedicar-me exclusivamente ao meu pai. (Explicou Ventur)
—Entendi.Carregamos fraquezas e ao mesmo tempo somos superiores por nossa bondade, fé, inteligência e dedicação à nossa missão. Por isto é que somos “Os filhos de Deus”. (Vidente)
—Exato. (Ventur)
—Nesses doze bilhões de anos depois da guerra, que histórias ou fatos marcaram sua vida? (Indagou Uriel Ikiriri)
—Muitas. Sofro só de pensar nelas. (Ventur)
—Gostaria de compartilhar? (Uriel)
—Sim. Estou aqui para isto. (Ventur)
Uma pausa seguiu-se. O descendente de cristo era um homem sério, misterioso e ás vezes indecifrável. Que segredos terríveis poderia guardar? Ninguém tinha a mínima ideia e, por conseguinte a expectativa era grande. A boa nova é que o pouco tempo que conviveram já tinha sido suficiente para que ele pudesse entregar um pouco de sua confiança. Esta era a primeira vitória de nossa turma intrépida.
Alguns segundos depois, ele já parece estar pronto.
—A guerra de Crovos foi a segunda maior guerra conhecida em toda a história do universo que conhecemos. Após seu final, sobraram eu e uma militante chrovense. O nome dela era Kessy e apaixonei-me quase que imediatamente por sua doçura e meiguice. Juntamo-nos e reconstruímos o palácio real.Em dois anos,já tínhamos dois filhos e éramos uma família perfeita e feliz.Nós éramos a esperança deste mundo para que a vida prosseguisse.Pena que tudo não passou de uma ilusão.Certo dia,quando os deixei sozinhos em viagem a outro planeta,uma chuva de meteoros intensa atingiu o palácio ceifando-lhes a vida.Ao voltar de viagem,tive uma imensa frustração e quase me rebelei.Entretanto,a seiva divina que percorre meu peito não permitiu e conformei-me.Tem coisas que estão além de nossa vontade e não podemos atribuir ao meu pai.Este caso foi o típico exemplo do imponderável.
—Sinto muito. Também já senti grandes dores. (Divinha)
—Foi realmente uma pena! (Renato)
—Isto demonstra sua grandeza e boa percepção. Que bom que está conosco agora. (Uriel)
—Phillipe Andrews foi um humano que também sentiu uma dor parecida, perdendo toda sua família num acidente. Juntos, aprendemos que Deus não tem nada a ver com isso. Foi exatamente o que vós relatastes agora. (Rafael)
—Sim, ainda bem que compreendi isto a tempo. Obrigado a todos pelas palavras. (Ventur)
—Por nada. Pelo pouco que conhecemos de ti, você revelou-se um amigo compreensivo e dedicado. Que bom aprender contigo. (Aldivan)
—Vocês também. É uma grande honra. (Ventur)
—Há algo importante a relatar sobre a trajetória de Crovos? (Sugeriu Uriel)
—Vós tocastes no ponto certo. Há um tempo, o planeta foi alvo de criminosos universais vindo de outra esfera. O objetivo era tomar o planeta e fazê-lo ponto estratégico de domínio. Tive que invocar a meu pai e seus anjos para que fossem expulsos em definitivo. Quem é como Deus? Tolo é aquele que anseia dominar qualquer coisa pois a soberania, a honra, a adoração e a glória pertencem unicamente ao senhor. (Ventur)
—Isto é uma lição de vida para nós e para o mundo inteiro. (Uriel)
—Quem por Javé? (Rafael)
—Nós todos! (Os outros)
A noite seguiu-se com mais conversas, brincadeiras, observação dos astros e entretenimento. A cada instante que se passava, aumentava a empatia entre os companheiros da aventura atual. Aquele grupo estava predestinado ao sucesso pela sua idoneidade, fortaleza, dedicação, esperança e fé. Especificamente o filho de Deus, encontrava-se tranquilo e confiante em seus objetivos. Tudo poderia acontecer, mas sua crença em Deus era maior do que qualquer coisa.
Ao fim da noite, os amigos decidem recolher-se nos locais designados para isso. Descansar era tudo o que queriam após uma viagem exaustiva ao longo do espaço. Provavelmente, o outro dia traria mais novidades e surpresas.
Temor de Deus
Amanhece. O vento é sul, o sol é quente aliviado por uma brisa fina e reconfortante que invadem os quartos através das brechas na parede e no oitão. Logo cedinho, nossos mais queridos personagens levantam e preparam-se para um dia corrido em Crovos.Eles tomam banho, voltam aos quartos e vestem roupas limpas. Por fim, dirigem-se ao ambiente de refeição.
Prestativo e gentil, o anfitrião já cozinhava desce cedo para suprir a necessidade de seus convidados. Ao chegarem, tudo estava posto na mesa e organizado. Só teriam o trabalho de sentar e servir-se e é o que fazem. A comida era um ensopado de cravedel, um tipo de animal silvestre. A fome deles era tão grande que nem se dão ao trabalho de perguntar sobre isso.
—Estão gostando do meu tempero? (Ventur)
—Hum.Uma Delícia, nunca provei nada igual. (O vidente)
—Sinceramente, gosto mais de sua comida do que da minha mãe adotiva. (Renato)
—Como sabes, não precisamos de comida exatamente, mas se os humanos dizem, eu assino embaixo. (Rafael)
—Nosso alimento é espiritual, a cada ato bom Deus nos alimenta. (Informou Uriel)
—Compreendo. Mesmo assim, comer não lhes fará nenhum mal. (Ventur)
—Sim, a refeição é um tipo de ritual e sempre fazemos questão de fazer parte. Isto aumenta o entrosamento do grupo o qual é muito importante para a missão. (Rafael)
—Parece galinha. Temos aves por aqui? (Indagou Renato)
—Mais ou menos. Cravedel é digamos um parente das aves humanas. A fauna e flora daqui é restrita e por isto temos poucas opções. (Ventur)
—Mesmo assim está ótimo. (Renato)
—Obrigado. (Ventur)
—Quando o desafio começará? (O filho de Deus)
—Assim quando acabarmos de comer, cuidaremos disso. Serão treze etapas no total representando os selos divinos. Se obtiveres sucesso em todos, o mistério oculto enfim será desvendado. (Ventur)
—Que requisitos são necessários?
—Confiem em mim e em si mesmo. Você já é suficientemente preparado para enfrentar cada um dos obstáculos, eu serei como diz a velha guardiã, a seta que aponta para a realização. Tenha fé! (Ventur)
—Amém.Estou confiante pois sei que ao meu lado tenho dois arcanjos poderosos, um amigo, um irmão e um Deus. Do que preciso mais?
—Absolutamente nada. (Ventur)
Terminam de comer a refeição da manhã, comem frutas de sobremesa, reúnem-se e decidem sair um pouco. Atravessando os quartos, o corredor e a sala principal, eles têm acesso ao ambiente externo. Seguindo o rumo do mestre, eles vão em direção à floresta ao fundo. O momento requeria convicções intensas e profundas por parte deles devido o desafio da própria vida. Que perigos o destino escondia?
Ainda cheio de dúvidas, eles percorrem o espaço de quinhentos metros com rapidez, leveza e graça. O nervosismo crescia cada vez mais, sufocando os lados direito e esquerdo do peito deles. Restava apenas avançar e conferir o que lhes esperava. Ao avançar na floresta negra, a sensação que tinham é que estavam sendo observados. Esta mania de perseguição era comum em quem adentrava naquele território bendito e maldito ao mesmo tempo. Mas eles buscavam algo a mais.
Ao ficar entre duas árvores gigantes, o mestre faz menção para que parem no qual é prontamente obedecido. Imediatamente, ele toma a palavra:
—Como poderiam descrever este cenário?
—Pomares, mata virgem, imponência, mistério e medo. (O vidente)
—Grandeza, arrogância, orgulho E autossuficiência. (Renato)
—Natureza, vida, esperança, recolhimento E fé. (Rafael)
—Desafio, investigação, pequenez, insondabilidade. (Uriel)
—Que bom.Escutei muitas verdades mas a maior delas não está ao nosso alcance.Eu coloco como exemplo a vossa viagem no espaço.Certamente vós tiverdes a oportunidade de conhecer um pouco da maravilha que é o universo,o qual é infinito em ambas as direções.Tudo é muito incrível,a exemplo dos buracos negros que são gigante colossais sugadores de energia.Já pararam para pensar em tudo isso?Se vós ficais maravilhado com a criação imagina com quem fez elas?Saibam que não pode haver comparação entre as duas coisas.Então a primeira grande verdade é o temor de Deus,necessário para colocar as coisas em seus devidos lugares.Reconheçamos nosso pecado e pequenez e deixemos o espírito santo agir.Tudo é permitido ao homem desde que este desejo esteja afinado com a vontade divina que deve ser sempre soberana a respeitada.Coloquem isso em vossas cabeças.Esta é a lição de Hoje.Voltemos para casa.Pretendo ainda trabalhar e me preparar para amanhã.
—Está bem. Obrigado por tudo. (O vidente)
—Muito esclarecedor. (Renato)
—Isto reforça o que foi dito aos anjos: “Que vosso poder e glória não seja causa de soberba, pois muitos já se perderam desta forma. ” (Uriel)
—Sim, somos apenas servos e é bem claro isso. Voltemos como disse o mestre. (Rafael)
O pedido mútuo de Rafael e do mestre foram acatados pelos outros e eles trataram de começar a caminhada de volta.Este pequeno exemplo apresentado reforçou a crença num filho de Deus totalmente experimentado.Valeria a pena cada segundo ao lado de um ser deste gabarito.A caminhada curta de volta serve como distração e encantamento para nossos amigos.Tudo ali era especial:A paisagem entrecortada de serras,os abismos,a floresta negra,os personagens,o desafio e o mistério de Crovos,o clima instável.
Ao retornar para casa, eles se ocupariam em tarefas domésticas, no trabalho do campo, no planejamento dos próximos passos aproveitando para refletir sobre si mesmos. A viagem demonstrara ter certo sentido a partir de agora. Continuem acompanhando, leitores.
O desafio do poder
O desafio de estar num planeta devastado ao lado do honorável descendente do filho de Deus era realmente temeroso e grandioso.Temeroso por conta dos perigos que porventura as “Forças opostas” poderiam tramar contra eles e grandioso por conta do próprio fim da aventura,”o buraco negro” do qual nada escapava.Porém.nada disso era empecilho pois eles encontravam-se mais dispostos do que nunca.O fato de terem vivido constantes e inconstantes aventuras ao longo do tempo os credenciava ainda mais para a solução do caso atual.
A figura do pequeno sonhador era a prova viva de que nada era impossível para aquela equipe.Reunira as forças opostas,entendera sua noite escura da alma,vivera um flashback passado-presente que revelou bastantes e significativos segredos,ajudara alguém a entender o sentido da vida e reerguer-se,fizera uma campanha para despertar “O Eu sou” mais interno das pessoas cultivando a tolerância,compreensão,amizade e o amor e na última oportunidade voltara a um passado remoto onde foi uma peça fundamental no acontecimento histórico mais importante já visto no universo conhecido.Enfim,em resumo,junto com seus amigos era capaz de enfrentar qualquer coisa e era este pensamento positivo o qual o acompanhava a todo o momento.
Nesta linha de raciocínio ele e seus amigos despertam do seu sono reparador. Para o filho de Javé, não tinha sido nada fácil a noite anterior. Quase não dormira por conta de pesadelos insistentes que o perseguiram a noite toda. Apesar de ser normal, pois vez em quando era acometido por estes ataques referentes à força oposta à sua, não conseguia acostumar-se. Algo dentro dele clamava por reparação e pressentia o perigo que todos corriam naquele fim de mundo.
Sem dizer nada a ninguém, Divinha ajuda os outros nas tarefas rotineiras da manhã: O preparo do café-da-manhã, a limpeza do quarto, escolha de roupas e em fila esperam a vez de tomar o banho. Concluída todas estas etapas, fazem a refeição e reúnem-se novamente. O desafio atual não podia esperar mais.
Saindo da casa, eles seguem em frente por um bom tempo num ritmo regular, mas rápido. Durante a trajetória, eles experimentam diversas sensações: Medo do desconhecido, fortaleza, consistência, simplicidade e determinação nas ações, esperança, garra e aventura. Eles tinham consciência da importância do momento, daquilo que podia mudar completamente a vida de todos. Sem exceção, precisavam alavancar suas potencialidades. Ventur Okter, solitário como sempre, estava experimentando a convivência com algo vivo, pessoas e anjos com visões diversas das suas e isto era realmente enriquecedor. Mais do que ensinar, ele poderia evoluir em todos os sentidos, algo que não acontecia há milênios. Rafael Potester, o super-arcanjo de Deus, estava engajado neste caminho tão distinto do conhecimento apesar de saber quase tudo. Das outras vezes, tinha o papel de super-protetor, mas desta feita sua missão ia além disso: Encontrar a si mesmo descobrindo suas fraquezas mais internas. Ele tinha consciência de que mesmo sendo superior, nunca estaria à altura dos filhos de Deus. Uriel Ikiriri, Anjo super especial, estava vivendo um momento intenso de amor para com seu amo e senhor. Como fora criado para ele e por ele, seu único objetivo girava em agradá-lo e amá-lo. Isto acontecia por ser ele um anjo da guarda. O “buraco negro” serviria para estreitar ainda mais esta relação. Renato, jovem pobre e também sonhador, vivera todas as aventuras citadas ao lado da pessoa que mais admirava no mundo, com ele aprendera a ser mais humilde e perseverante. Apesar de todos estarem no mesmo barco diante de incógnitas, esperava que seu mestre e senhor fosse a chave solucionadora de tudo aquilo. Independentemente do que acontecesse, estaria ali como um porto seguro, amigo para horas boas e ruins e nem o perigo do “Buraco negro” mudaria isso. Por último, o maior interessado em tudo aquilo, era o próprio filho divino. “Vencer o buraco negro e por conseqüência desvendar os treze selos seria uma glória mais em sua carreira”.Depois disto, poderia estar feliz,tranqüilo,realizado,determinado e com a angústia por mais aventuras”.Sua “série “ o vidente”,a mais importante da literatura,ganharia um novo capítulo recheado de emoções.Todas as emoções ruins,fracassos e decepções iriam ficar para trás: A perda de entes queridos,dificuldades no trabalho e na carreira,rejeições,falta de tempo para dedicar-se um pouco mais ás coisas boas da vida,a própria liberdade colocada ás vezes em cheque,a ânsia em ultrapassar obstáculos,a perca dos prazeres e das oportunidades na vida.Contudo,como dito,o passado ficou para trás e não era bom lembrar.Divinha e seus companheiros de aventura estavam correndo atrás do seu sonho,algo digno e memorável.Através do cultivo de valores idôneos, tinha totais condições de prosseguir com chances de sucesso.Isto eu tenho certeza é o que os leitores esperam.Com um carinho enorme por todos,as situações poderiam favorecê-lo nas próximas oportunidades.Tenhamos fé.
O Grupo distancia-se cada vez mais da edificação que os abrigava. A cada passo dado e a cada centímetro percorrido,aproximam-se mais da meta a qual perseguiam.Até ali estava tudo bem,dentro do esperado.Contudo,surpresas poderiam acontecer a qualquer instante.Por falar em surpresas,um deles tem uma crise intestinal e teve que ser medicado.Este vexame foi compensado pelo amor e compreensão dos seus colegas.Nos momentos difíceis,é que sabemos distinguir os verdadeiros amigos.Após a solução desta crise,eles avançam ainda mais mesmo que estivessem ainda com dúvidas.O final do caminho apontado pelo guia os levam a beira dum abismo tenebroso e é levantado uma questão:
—Que tal jogar-se no abismo, filho de Deus? (Ventur)
—Com que objetivo? (O vidente)
—Experimentar o perigo. Diante da morta certa pode ser que tenha as reflexões certas. (Ventur)
—Bem, eu tenho meu pai poderoso e meus anjos que me guiam a todo o momento. Porém, não tenho necessidade disso. Eu estou ciente do meu valor e das minhas potencialidades. (Replicou Divinha)
— Exatamente. Deus não precisa ser testado. (Rafael)
—Se o vidente se jogasse, eu também me jogaria para tentar salvá-lo mas acho que ele já sabe disso. (Renato)
—Muito obrigado, Renato. (O filho de Deus)
—Verdadeiramente, eis que os meus batalharão por mim arriscando até a própria vida. (Divinha)
—Brilhante! Eu não esperava menos de você. Isto foi apenas um teste. Por conta do orgulho desmedido, satanás e seus anjos provocaram uma rebelião nos céus e por conta disso foram jogados no Buraco negro. Ao contrário dele, vos é simples e humilde. Deus há de abençoar grandemente seus trabalhos em todas as esferas. Este é o segundo fruto dos selos. (Ventur)
—Amém.Toda minha vida esforcei-me pelos meus objetivos. Quando a meta é nobre, os caminhos são abertos para o sucesso. Entretanto, não sou nada sem vocês, meus companheiros de aventura, leitores, mestres da vida, colegas de trabalho, família e até conhecidos. Todos têm um cantinho especial em meu coração esperançoso e sofrido. (Divinha)
—Que bom saber. Nossa missão de hoje está cumprida. Refletiremos, pois, sobre a situação atual no caminho de retorno para casa. (Ventur)
—Certo. Vamos, pessoal? (Vidente)
—Sim. (Os outros)
Havia um percurso considerável a percorrer no caminho de volta. O exato momento mostrava boas perspectivas para os envolvidos: Tinham passado com facilidade nos dois primeiros testes aprendendo lições importantes. Parecia estar tudo desenhado e marcado na linha do horizonte mental de cada um deles. Isto era um bom motivo para persistir e preparar-se para novas experiências.
Em dado instante, tem que enfrentar animais ferozes e graças a ajuda dos anjos salvam-se. A força de Deus nunca seria derrotada pela força contrária á sua pois o bem era sempre maior. Em inúmeras oportunidades o sonhador da gruta percebera isso: Em sua noite escura da alma, na tentação da carne, diante do medo do desconhecido, na falta de amor das pessoas, nas traições, na inveja sobre seu trabalho, na vitória do amor contra ódio, enfim, em todas as situações em que era exigido um embate.
Deus era realmente um pai para Divinha e, mesmo que o mundo não acreditasse em sua palavra, ele sobreviveria, pois, tem a vida e o amor em si mesmo. Confiante em seu pai, nosso ídolo permanece na caminhada com seus amigos. As férias estavam sendo ótimas e aproveitaria os dias restantes para tornar-se um verdadeiro vencedor.
Um pouco depois, eles chegam à morada provisória e descansam um pouco. Após, cuidam de suas responsabilidades com grande disposição. Sem maiores surpresas, o dia findou-se e então eles foram dormir. Permaneçam prestando atenção na narrativa.
Um verdadeiro exemplo
O quarto dia sobre Crovos surgiu com bastante expectativa para nossos queridos personagens heróis.Desta feita,esperavam algo surpreendente e diferente seguindo uma ordem de crescente dificuldade.Enquanto esperam pelo desafio,eles tentam controlar-se nas atividades matinais já citadas em outras oportunidades.Estes exercícios eram realmente saudáveis para o corpo,mente e alma que em conjunto formam o ser humano.Todos se encontravam bastante felizes e esperançosos por novas oportunidades pois o conhecimento adquirido até ali demonstrara ser bastante útil para a rotina dos envolvidos.
Ao terminar esta primeira etapa, eles reúnem-se novamente e como de costume saem a passeio pelo planeta ainda desconhecido. Na rota não se cansam de maravilhar-se com a natureza inacabada, instável, mas bela. Suas matas, serras, abismos e seu céu eram únicos. Isto lhes dá a oportunidade de refletir sobre si mesmo, sobre o desafio e a amada terra distante. Como estariam seus familiares e amigos? Estavam sentindo saudades? Bem, de uma forma ou de outra, esperavam que estivessem em paz.
Um misto de arrependimento,angústia e medo percorre o sangue do descendente divino.Será que estava agindo certo colocando em risco a vida dos humanos e dos anjos?Esquecera de mencionar os reais perigos que corriam ao tentar desvendar os selos de Javé e não atentara para a possibilidade de que fracassem.Bem,agora estava iniciado o processo e não poderia voltar atrás.Era melhor ficar quieto,conclui mentalmente.Num silêncio inquietante ele continua guiando seus discípulos.Passa trinta minutos,depois uma hora e um pouco mais.
Continuando seguindo em frente sentido noroeste, eles alcançam o primeiro portal dimensional do planeta e o mestre faz questão de, neste ponto, explicar:
—Estes portais permitem a entrada em universos paralelos, inclusive o planeta terra. Aqui podemos ver o passado, o presente e o futuro. Alguém com sensibilidade suficiente para avançar?
—Eu! (Prontificou-se o vidente)
—Muito bem. Fique à vontade. (Ventur)
—Certo.
Sem olhar para trás nem para as recomendações de seus amigos, o filho de Deus arriscou e ao chegar mais perto do portal foi sugado imediatamente para dentro, como num túnel do tempo pode ver um pouco de sua própria história.
“Estávamos três familiares e eu num aniversário duma prima que morava perto de nossa residência. A prima Raquele Torres era uma pessoa gentil, educada, inteligente bonita e certamente merecia minha honorável presença. Após a entrega natural dos presentes, a festança começou. Eu e meus irmãos raramente tínhamos oportunidade de visitar os parentes e, quando isto acontecia, ficávamos horas conversando sobre as novidades familiares, sociais, políticas, do mundo todo e nossos segredos também. Ficar em família era algo realmente que não tinha preço.
Na festa tinha de tudo: Música e dança, poetas, muita comida, diversão, brincadeiras e a tradicional paquera entre os jovens convidados de outras famílias. Era realmente maravilhoso distrair-se naquela festa de trinta anos da prima. Ao final da comemoração, como já era tarde, meus irmãos decidiram ficar ali mesmo e eu tinha que voltar para resolver algumas pendências em casa. Eu era um homem realmente ocupado e todos sabiam compreender isto. Portanto, minha despedida foi tida como normal.
Ao sair do local(Um apartamento bem equipado no centro do agreste pernambucano),Telefonei para uma motocicleta e esperei.Foram apenas cinco minutos e já montei na jeringonça,informei o destino e saímos em disparada.Enfrentando um trânsito caótico,avançamos nas estradas da cidade,pegamos a pista principal da rodovia e continuamos em frente.Não demorou muito e fomos testemunhas de algo realmente muito triste e chato:Um terrível acidente envolvendo outras duas motos.Imediatamente paramos e fomos prestar socorro assim como outras pessoas.As pessoas envolvidas na batida eram dois jovens rapazes- Um branco,alto e magro e o outro moreno,alto e rechonchudo.Parece que chegamos a tempo,telefonamos para a ambulância e como o moto taxista era enfermeiro prestou os primeiros socorros ali mesmo.Por Deus a ambulância chegou a tempo de levá-los a um hospital onde seriam mais bem atendidos.Pelo menos aparentemente,não corriam riscos de vida pois estavam conscientes e inteiros.Eu e o meu parceiro tínhamos cumprido nossa missão.Bendita a hora que eu tinha resolvido voltar para casa aquela hora da noite.Parece que Deus marcara isto em nossas vidas e nos tornara instrumentos dele.
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