Parceiros No Crime
Aurelia Hilton
O detetive Jack Fitch está em uma enrascada. Depois de perder o parceiro, tudo o que ele pode fazer é manter-se como o principal investigador. Há um novo assassino na cidade e seu trabalho é simplesmente horrível. Ele está indo muito bem, desvendando o caso. Isso é, até que ele é designado com uma nova parceira. Ellen Foster. Detetive novata, Ellen Foster não é alguém facilmente influenciável. Ela trabalha como um gato à espreita. Rápida, sem piedade e, acima de tudo, sem medo. Ela nunca deixa um caso ficar sem solução. Mas seus planos são sabotados quando um parceiro é designado para ela: o aparentemente preguiçoso Jack Fitch. Quem faz uma pausa para o almoço quando há um caso a ser resolvido? Ridículo. É instantâneo: eles se odeiam. Ellen acha que Jack é uma desculpa patética de detetive e ele acha que ela é uma megera. Os dois parecem não se dar bem. Como diabos eles vão resolver um caso como esse? Ellen vê através de todos os seus movimentos. Mas depois de alguns dias no caso, algo muda. Eles começam a … gostar um do outro? De repente, a paixão é avassaladora. As vigilâncias ficam embaçadas. Os intervalos para o almoço se tornam muito mais demorados. A frígida Ellen é descongelada sob o toque de Jack. Será necessário um foco muito intenso para superar a atração que os dois sentem. Como diabos eles serão capazes de resolver um caso como este? AVISO: Este livro faz parte da série romântica sexy e sensual de Aurelia Hilton… As coisas vão ficar quentes e úmidas… Descubra o que acontece quando parceiros ficam atraídos um pelo outro… porque é selvagem!
Aurelia Hilton
Parceiros no Crime
Parceiros no Crime
Um conto sexy & sensual de Aurelia Hilton
Livro 17
Por Aurelia Hilton
Traduzido por Ju Pinheiro
Detetive Jack Fitch
Processar a papelada não é a minha coisa favorita. Tenho pilhas dessa merda enfileiradas de todos os tipos em que trabalhei nos últimos meses. E aqui estou, preenchendo espaços em branco e empurrando a papelada para que possa voltar para campo. O chefe sabe que não sou de anotar tudo, então ele vai me dar uma folga por um minuto, porque sabe que sou seu principal investigador e que precisa de mim no caso. De qualquer maneira, eu não queria trabalhar no campo ultimamente. Não desde que Pauley levou um tiro.
Pauley tem sido meu parceiro há quase oito anos durante meu período como detetive aqui em Chicago. Ele conhecia a cidade como a palma da mão e era meu braço direito no caso. Ele era o Watson para o meu Sherlock. Se eu não estivesse em outra cena de crime naquela noite, isso nunca teria acontecido. Pauley estava no lugar certo, na hora errada e soube disso no segundo em que aqueles bandidos apareceram para um acordo naquele beco.
Ele só tinha um palpite e era um bom. Nunca vá sozinho, é como eu sempre disse a ele, mas quando Pauley tinha um pressentimento e sabia que algo estava acontecendo, ele tinha de saber e iria. Nunca tinha acontecido nada com ele antes daquela noite. Apanharam-no em um segundo e colocaram duas balas na cabeça dele e foi isso. Nada mais de Pauley. Eu me senti uma merda por não estar com ele e ainda não sei quem vai ser meu novo parceiro. Eles dizem que é esse garoto realmente inteligente e muito rápido na busca para descobrir o culpado. Algo como 10 casos resolvidos nos últimos seis meses. Não tinha ouvido falar do Detetive Foster, mas ele parece um garoto realmente inteligente.
Estou prestes a ir ver como esse garoto e eu vamos nos dar, mas primeiro tenho que ir almoçar no outro lado da cidade. Meu lugar favorito para comer é na casa da Sheila. Sua torrada amanteigada é tudo que preciso para me satisfazer. Seu último banquete foi tão bom que não consegui olhar para outra fatia de torrada por semanas. Aposto que ela está quente e pronta para mim nesse momento e tudo que preciso fazer é assinar meu nome no último relatório e vou dar o fora daqui hoje à tarde.
Quando voltar, preciso conhecer esse garoto gênio e se ele for parecido comigo, precisará do seu próprio intervalo para o almoço no outro lado da cidade com uma namorada gostosa para mostrar a ele como fazer um caso valer a pena. O último cara com quem conversei sobre todas as minhas viagens de almoço até a casa de Sheila pensou que eu era um verdadeiro sem vergonha, achou que eu era um pouco indecente porque gostava de transar após uma noite de trabalho duro. Ele tem a sua própria merda para se agarrar em casa e isso é tudo muito legal e limpo para ele, mas não sou do tipo que se casa e todas as minhas amigas sabem disso. Estou nisso apenas para me divertir e gosto de uma garota que lida com suas merdas como eu.
O último parceiro que tive era um policial muito bom e não sei quando vou ter a chance de encontrar alguém tão bom quanto Pauley, mas ele e eu nunca conversamos muito sobre nossas vidas amorosas. Tenho certeza que ele esteve apaixonado pela mesma garota a vida inteira e nunca foi atrás dela. Ele era um cara muito doce sob a aparência de policial perverso e tinha muita bondade em seus olhos para ser um bom rapaz. Tudo que ele sempre quis foi um amor. E agora tudo que ele tem é um caixão.
Ontem à noite me deixou realmente muito cansado. Toda aquela conversa sobre um novo assassino em cena. Alguém andando por aí e cortando as mãos e os dedos dos pés de uma garota e tudo que ganha com isso é prazer. Nunca compreendi como alguém poderia ser tão repugnante, mas sou o cara que tem que descobrir como e o porquê alguém faria algo assim com uma garota. E onde encontrar a próxima vítima antes que a matança fosse realizada.
Quando receber as anotações sobre esse assassino, vou revisá-las a noite toda. Só preciso escrever meu nome em um relatório mais algumas vezes e preencher alguns espaços em brancos e então posso colocar minhas mãos nisso. Preciso desse caso como preciso saber que água e óleo não se misturam. E a noite toda, se Sheila quiser transar comigo hoje na hora do almoço, posso lidar com todos os detalhes sangrentos desse assassino.
Também há a pressão agora que tenho que conhecer esse novo garoto na cidade que será meu novo parceiro. Espero que ele possa lidar com todas essas noites tardias que faço porque preciso de um parceiro que possa se levantar e fazer um longo percurso no caso durante a noite toda. Temos que ser capazes de nos entender sem palavras. Assim, quando ficarmos muito ocupados com o caso ou firmes na cena do crime, podemos simplesmente ler os pensamentos um do outro e fazer isso sem imperfeições.
O recreio chegou e estou prestando atenção a todos os pequenos detalhes para que possa ir buscar um pouco de mel na minha torrada na casa de Sheila. Mal posso esperar para ver quão excitada ela está. Minha boca está salivando só de pensar nisso e sei que por volta das 15h terei tudo que preciso saber sobre esse meu novo parceiro, Detetive Foster. Espero que ele consiga lidar com quem sou, a pessoa mais importante do esquadrão, o detetive chefe e não se esqueça disso, senhor.
Investigadora Particular, Ellen Foster
“O que você quer dizer com ele saiu para almoçar? Você está falando sério? Cheguei a tempo de começar essa merda e ele vai fazer o intervalo para o almoço? Temos um caso grande para investigar e creio que vou ter de começar sem ele.”
Ellen Foster era uma Investigadora Particular há dois anos e a maneira como ela lidava com seus casos era como um gato à espreita e você não quer ser o rato que ela está caçando. Ela não estava interessada em juntar-se à força como detetive da equipe, mas estava interessada em se tornar o principal detetive da cidade e se tivesse a chance de conseguir alguns casos realmente difíceis que só os policiais conseguem, ela poderia realmente fazer um nome para si mesma e pegar todos aqueles canalhas que acreditavam que matar está certo.
Ela cumpriu seu tempo na força, fazendo a ronda por alguns anos, mas tudo que ela realmente queria eram os casos para resolver. Ela precisava daqueles mistérios para desvendar e daqueles quebra-cabeças para resolver. Toda sua vida tinha sido sobre resolver o caso e sua cabeça estava concentrada na tarefa à mão. Tudo que ela precisava fazer era agir de maneira inteligente e trabalhar como detetive com a força policial da cidade por alguns anos para conseguir os casos grandes. Seu recorde como D. P. era enorme e ela nunca deixou um caso ficar sem resolver. Todos seus clientes eram pessoas que tinham problemas domésticos e grandes negócios acontecendo em paralelo que precisavam ser expostos e todos os policiais locais queriam saber quem era essa investigadora particular que continuava aparecendo e salvando o dia.
A última vez que ela esteve na delegacia da cidade foi para entregar seu distintivo. Todos seus amigos policiais haviam se mudado ou mudado de carreira e todo mundo naquele prédio era um estranho para ela agora ou apenas um conhecido dos seus dias de policial. Ela não estava muito empolgada para voltar a entrar naquele prédio, sabendo que tinha que trabalhar com um parceiro e esse não era seu estilo. Não que ela não pudesse, só que ela realmente não queria e era assim que as coisas aconteciam. Eles queriam que ela viesse trabalhar para eles e ofereceram um salário estável muito bom para fazê-lo e tudo que ela precisava fazer era concordar em compartilhar seus casos com um parceiro. Foi uma decisão difícil e ela finalmente teve que dizer sim para poder progredir como detetive.
Quando chegou ao escritório às três da tarde em ponto para se encontrar com esse cara, ela já não ficou impressionada com ele. O cara nem apareceu e ela teve que ficar no escritório do Chefe e descobrir por que diabos ela tinha que ter um parceiro quando podia começar o caso sozinha.
“Alguém precisa ler esses relatórios oficiais agora, Charles. Ainda nem sabemos quem é esse assassino e por que ele está fazendo isso, mas ele já matou três garotas e garanto a você que ele já tem seu próximo alvo. Por que você não me deixa começar a reler esses relatórios e quando este suposto detetive voltar à sua mesa, posso explicar para ele quando me apresentar como sua nova parceira.”
Charles Birch, Chefe de Polícia, encarou Ellen Foster. Ele a conhecia do seu trabalho anterior como policial e sempre lembrava dela como sendo alguém irascível. Ela não tinha nada de especial para se olhar e tinha seu jeito próprio de se embonecar, mas com certeza ele se lembrava dela. Ele não era Chefe na época, mas era um detetive que se lembrava de como ela estava ansiosa para dar sua opinião sobre todos os grandes crimes em que estavam trabalhando para resolver. Ele odiava isso. E ela não se importava. Ele teve de contratá-la por causa de quão boa ela era e todas as suas credenciais se alinharam com a vaga para um novo detetive. Seus relatórios eram impecáveis e estavam sempre prontos a tempo. E sempre resolvia o caso.
Jack Fitch nem estava ciente dela quando entrou na sala às três e vinte. “Ei, Chuck! Então, onde está esse novo detetive prodígio com quem devo fazer parceria? Mal posso esperar para fazê-lo se sentir bem-vindo aqui.” Ele sorriu. A gravata estava frouxa ao redor do pescoço e parecia que ele tinha comido uma pilha inteira da torrada amanteigada de Sheila.
“Jack. Que bom que você conseguiu chegar a tempo. Quero que você conheça sua nova parceira. Jack Fitch, Ellen Foster.” Os dois se entreolharam e começaram a se examinar. Dois detetives na mesma sala, procurando por pistas um sobre o outro com uma olhada rápida de cima a baixo.
Jack poderia dizer exatamente que tipo de mulher ela era: irritante, pretensiosa, ridiculamente perfeita em tudo, inflexível, chata, sem humor e pronta para dar um soco na cara dele por estar vinte minutos atrasado.
Ellen podia ver com firmeza através dele: arrogante, teimoso, egoísta, mal-educado, senso superexagerado de policial bonzinho, agitado, atrasado e fedendo da cabeça aos pés dos fluidos da boceta de uma mulher.
Tudo que ele conseguiu dizer foi, “Oh, oi. Que bom que você está aqui para me mostrar como fazer meu trabalho melhor. Adoraria que uma mulher me ensinasse como resolver um caso.”
Ela sorriu para ele como uma raposa. “Quer saber, Jack, tudo bem. Percebo por todo meu trabalho duro nessa fração de segundo ao vê-lo de perto e pessoalmente que tudo que você precisa para fazer seu dia é uma trepada gostosa na hora do almoço e uma expectativa de que você sabe mais do que qualquer outra pessoa nesse escritório. Tenho certeza de que vamos nos dar muito bem agora que sei que tipo de detetive você é.” Ela virou-se para o Chefe, “Chuck, certo? Vou pegar esses arquivos agora. Alguém deveria estar trabalhando neles e creio que Jack aqui precisa tomar um banho. Ele fede a boceta.”
Ellen Foster estendeu a mão enquanto o chefe colocava uma pasta, com as evidências altamente confidenciais de um novo assassino, em sua mão. Ela colocou-a debaixo do braço, saiu do escritório e foi em direção à sua nova mesa, que ficava bem na frente de Jack Fitch.
Ele ficou parado, de queixo caído. O chefe olhou de relance para ele, tentando não rir muito, mas também muito irritado que essa garota tivesse acabado de marcar pontos para o lado dela e deixado esses dois homens em seu rastro de poder onisciente.
“Bem, Jack. Imagino que você pode querer verificar sua gravata e conseguir uma toalha. Ela pode não permitir que você supere isso se estiver fedendo das suas escapadas à tarde. Bem-vindo à sua nova parceria.” O chefe conduziu Jack para fora do seu escritório e fechou a porta, ignorando Jack enquanto ele percebia o que acabara de acontecer. Sua nova parceira era uma mulher e não seria alguém fácil de lidar. Ele gostava delas agradáveis e dispostas. Ela era durona e implacável.
“Bem, um brinde a uma vida de inferno com uma parceira mulher. Imagino que este seja o fim dos dias de glória. Um brinde a você, Pauley. Olhe por mim aí de cima e certifique-se de que essa senhora não foda com o meu jogo.” Ele foi até a mesa e sentou-se em sua cadeira, desviando o olhar do rosto dela e notando apenas os arquivos do caso.
“Vou pegar o que você terminou. Preciso colocar as mãos nisso. Esteve me devorando a noite toda.”
“Devorando você? Esse caso? Pensei que deveria ter sido alguma beleza com seios grandes e uma grande abertura de pernas. Você tem certeza de que é sobre a pasta deste caso que você está falando?”
Ele olhou para o sorriso dela. Seus dentes tinham a menor lasquinha na beirada e era muito fofo, mas definitivamente ele não estava interessado nela. Ela meio que falava como um cara e isso o fez se sentir um pouco mais à vontade. Ela estava brincando com ele e ele sabia como jogar esse jogo.
“Tudo bem, irmã, vou te dizer uma coisa: você as entrega quando tiver terminado e vou recolhê-las, uma página de cada vez e então nós vamos conversar. E, a propósito, os seios dela não são grandes, mas ela definitivamente tem uma boa abertura de pernas. Quente e amanteigada.”
“Oh, eu aposto que é quente e amanteigado. Que mulher não ficou excitada por um cara como você. Aposto que ela caminha por aí a manhã toda, deixando a boceta pronta para quando você entrar pela porta, cara de sorte. Espero que ela saiba que não vai durar muito. Há quanto tempo você está com essa, Jack? Um mês? Dois? O nome dela está prestes a entrar no Hall da Fama das mulheres para as quais você nunca liga de volta e a pobrezinha ainda nem sabe disso.”
Ele olhava boquiaberto para ela. Como diabos ela foi tão precisa sobre sua vida sexual após uma conversa de cinco minutos no escritório do chefe? Foi como se ela o ouvisse ter esse pensamento porque ela respondeu ao seu silêncio com, “Sou um detetive, Jack. Você, de todas as pessoas, deveria saber como é. Sua história de vida está escrita na sua cara. Mas uma coisa que você não consegue detectar é o que eu estou usando por baixo de todas essas roupas e isso está te enlouquecendo. Vamos nos apressar e começar a trabalhar. Tenho um palpite sobre esse assassino e quero toda a sujeira sobre esses assassinatos.”
Jack continuava olhando para ela. Puta merda. Ela estava realmente certa e ele sabia disso. Ela o colocou no lugar em questão de instantes e foi então que ele soube: Ellen Foster estava prestes a se tornar a melhor parceira que ele já teve.
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